CULTURA EM AÇÃO, DIA 10 ABRIL

Andréia Pedroso, Douglas Malharo e Marlene Nunes

Douglas Malharo (www.douglasmalharo.com.br), mineiro de nascimento e carioca por opção.  Daqueles músicos que mesclam formação sólida com intuição.  Seu disco “Se eu fosse você prestava mais atenção em mim...” é um alerta.  Sua música demanda atenção.  Autor de melodias que logo se apoderam da nossa memória, mas que estão longe de serem banais.  Construções bem feitas, interpretação segura com arranjos e performances (instrumentais) convincentes.  O cara canta e toca bem,  participa da produção, arranjos e ainda assina 9 das 11 faixas.  Talento bom de ouvir.  Cedo foi para Volta Redonda e lá amadureceu tocando na cena musical local e das redondezas. Agora vive no Rio, onde se graduou pela UNI-RIO em Licenciatura em Música. Escrevo o texto ouvindo a faixa 5, Benzer, que conta com a participação do Cello de Lui Coimbra.

Linda flor,

Serás sempre meu amor,

Sou um beija-flor, um canarinho, um querubim

Você jardim, dentro de mim

No outro lado do estúdio Andréia Pedroso, integrante do projeto Música Surda, O Livro das Canções.  O trabalho é mais que um CD. É um mergulho no universo sonoro da poesia.  Da busca de paisagens sonoras que façam desvendar novas dimensões, múltiplos ângulos para enxergar, ouvir, degustar o trabalho de poetas, dentre os quais se destaca o da poetiza Cecília Meireles.  O projeto contou com o financiamento da FAPERJ, a fundação estadual que apóia a pesquisa acadêmica.  Gol de placa da FAPERJ.

O Música Surda (www.letras.ufrj.br/musicasurda) está ligado à UERJ e também tem seus laços com a UFRJ.  É isso, a academia produzindo conhecimento de mãos dadas com a ação concreta.  Além das belas interpretações de Andréia, Música Surda conta com o talento de três músicos da pesada: Antônio Jardim, Artur Gouvêa e Eduardo Gatto.  Os três também compuseram quase todas as faixas dos dois CDs, com destaque para Jardim que assina a maioria. Quem pilotou o som foi outro grande companheiro do Cultura em Ação. Alex Santos foi nosso engenheiro enquanto o programa foi gravado na Escola de Música Villa-Lobos. Como se vê, o cuidado com a produção do Música Surda foi total: da primeira nota (escrita) ao último suspiro. A caixa é um luxo.  Abaixo.

Aliás, a entrevistada da semana do quadro Ação Cultural (feita pelo fone da Roquette Pinto) foi Cecília Conde, diretora do Conservatório Brasileiro de Música, instituição que completa 75 anos.  Por lá passaram e ainda passam muitos dos mais importantes músicos brasileiros. 

Vida Longa ao CBM!!!

Cultura em Ação: Se Acordar Vale a Pena Sintonizar!

Domingo, 10 horas da manhã: 94.1 FM ou www.fm94.rj.gov.br

Até a próxima.

Saudações Musicais

Zeca Barros